Um Brasil chamado Ghetto




Recentemente fiz uma viagem à capital de nosso estado e puder perceber alguns fatos sociais interessantes tais como o consumo aquecido da classe C, a eminência dos Shopping Centers, como templos do consumo.
A ilha conta hoje com dois shoppings que não existiam quando fui pela última vez, o da Ilha e o Rio Anil. O primeiro é de estilo mais popular, pelo tamanho e pelas lojas presentes, apesar de contar com  uma loja de uma grande marca de celulares.
O segundo tem uma localização mais privilegiada, uma franquia de cinema norte-americana e três pisos e muito aço, tanto nas fundações como na estrutura e uma praça de alimentação melhor.
Talvez uma das minhas maiores constatações seja a de que querendo ou não existe basicamente dois Brasis. Um pró europeu, em suas características culturais, de consumo e de cor de pele e outro, um Brasil simbiótico ameríndio, negróide que embora convivam na mesma cidade estão separados pela questão do consumo.
Nesse momento nada exemplifica isso melhor do que essa distinção. Um modelo de shopping para os ricos e outros para os da classe “C”.
A sectarização, o ghetto cultural, econômico que separa as classes no Brasil existir, mas não sei se de forma arquitetada ou não, refletido nesses dois empreendimentos.
Quem imaginaria em uma tarde de meio de semana um Shopping Center para classe “C” com filas para entrada no cinema. Esse fato é inédito, já que nem em meus anos de estadia em Brasília me lembro de ter visto isso.
A questão é que evoluímos na economia de forma estrutural, por conta dos novos hábitos de consumo dos emergentes, mas a questão da falta de consciência de grupo é ainda premente, pelo dissociativismo desses grupos sociais, os ditos pro europeus, e o restante do povo.
Enfim, um país, mas vários Brasis

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