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Elysium , Transumanização e Degradação Ambiental




Ontem, mesmo com o tempo corrido e puxado dos últimos dias não puder resistir e fui assistir “Elysium”, filme em que Wagner Moura atua com Spyder, e que diga-se de passagem ainda fala com um inglês very puxado.

Elysium é na minha opinião, mais um filme de um sub gênero daquilo que eu chamo de cinema industrial norte americano,  já que o roteiro do filme tratar de um futuro de degradação, apartheid social e transumanização.

Matt Demom é Max um cara branco em uma Los Angeles super povoada por Latinos. Aqui o recado é bem claro, os latinos com uma das maiores taxas de natalidade dos EUA, vão tornar a o Sonho Americano um pesadelo. O subúrbio da cidade das estrelas mais lembra um bairro de Quito no Peru. 

Alice Braga, que começou “Cidade de Deus, é uma enfermeira que tem uma filha com câncer em estágio terminal e que na infância era a namorada de Max (Matt Demon), e que se torna o elo de ligação do roteirista no filme, em um futuro em que ela e o nosso herói pró messiânico juntam suas forças por um causa.  

Nisso o argumento do filme é construído, na amizade de infância entre Max e Alice Braga, e na já degradada Terra, muito embora o filme mostre apenas Los Angeles, nesse recorte da realidade, um mundo pré  apocalíptico. 

Max  é um operário na Armadyne uma gigante produtora de armas e sistemas para os ricos de Elysium, uma espécie de refúgio para os ricos da Terra, onde tudo é alegria, as pessoas são ricas, brancas e bonitas, e em cada casa existe um equipamento que diagnosticar e cura as pessoas de todos os tipos de doenças pensáveis.

Viram só o contraste entre os latinos e os brancos caucasianos de “Elysium”, qual será o recado que o diretor que mandar?




Os latinos são uma sub raça e os branquelos são os únicos dignos a terem uma vida de verdade em um mundo futuro, já que “Elysium”, representar a própria segregação da humanidade em duas castas, as dos afortunados moradores do “Toro” que é o nome da estrutura que abriga os afortunados moradores de “Elysium”, e os moradores da Terra.


De certa forma já existem vários lugares que podem ser chamados de “Elysium”, pelo mundo afora. A Europa, o Japão, e  no Brasil os condomínios de luxo são podem ser comparados ao “Elysium” do filme, o que traduz o grau de alienação das classes mais altas em relação àqueles que são usados pelo Capitalismo ou seria Capetalismo.




Também é importante ver que Max após ser exposto a uma dose letal de radiação, passar a usar exoesqueleto, para lhe possibilitar uma sobre vida e assim seqüestrar o executivo da Armadyne. O uso do exo esqueleto, nos lembra Star Wars, Homem de Ferro, é uma clara referência ao futuro da humanidade, a trans humanização, onde maquina e homem se fundem em um só.

No fim disso tudo, o grande sonho de Max, que é também sua promessa se realizar com a invasão de “Elysium”, e ai em seu fim o filme tem uma pitada de messianismo, Max salvar a humanidade, da segregação social, do abandono, e das doenças, tudo com um simples upload de dados de sua cabeça.

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