Cidade estratégica situada na confluência
de três estados, celulares, carros de última geração, Shoppings, grandes marcas
nacionais e internacionais, a primeira fábrica de verdade. Lugar onde primeiros
e terceiros mundos se confundem, se confrotam de certa forma.
Imperatriz viu nascer uma nova
classe consumidora, que vai todos os dias ao shopping, que consome comida
fast-food, que vai as compras nos Mix´s da vida.
Hoje a cidade que conta com a
circulação de 100 mil veículos dia, está sufocada entre a BR e o Rio Tocantins,
sem espaço para crescimento já que houve a criação de novos municípios no seu
entorno.
Imperatriz é uma cidade que tem
várias facetas, com pessoas de diferentes nacionalidades e culturas, mas ainda
é uma cidade que cuida mal de sim mesma.
Apesar de toda a dita “evolução econômica”,
ainda somos muito ruins quanto à questão da forma como tratarmos a cidade,
quando jogarmos lixo na rua.
A população não contribui e a
prefeitura também não faz a sua parte. Na verdade isso se tornar até contraditório
que uma cidade que vai ter uma das maiores fábricas de papel e celulose seja
das mais sujas que já morei.
Pessoas em seus carrões jogam
lixo na rua, crianças, pedestres, universitários, praticamente ninguém escapa
de ser um Zé Cascão. Mas, o que mais chamar a minha atenção é como as pessoas
são conformadas não somente com essa situação, mas com outras tantas calamitosas,
como a falta de planejamento urbano, a falta do cumprimento do poder público em
exercer o seu papel.
O verdadeiro desenvolvimento
passar pela questão da mentalidade do povo. Os europeus já foram um dos povos
mais porcos do mundo, mas evoluíram. Já se degladiaram em guerras religiosas e políticas,
mas evoluíram.
Mas, não somente a questão do
lixo, mas da sociedade como um todo, uma crise que vai além da questão do lixo
urbano, mas perpassar questões como o caráter das pessoas, a forma como elas dirigem e resolvem os seus conflitos
interpessoais.
Não vou me delongar no texto, mas
quero somente chamar a atenção que o verdadeiro desenvolvimento não somente uma
questão material, mas, também de mudança de mentes e atitudes.
A evolução faz parte natural do
Sistema Capitalista, que quer que mais pessoas sejam consumidoras, mas a parte que cabe a cada um de nós como
pessoas isso o capitalismo não pode fazer, isso quer dizer que é preciso
repensar os hábitos não somente de consumo, mas o comportamento e os valores de
uma forma geral.
Nisso acho que a uma das poucas
diferenças entre nos e as tribos primitivas da África é que eles embora eles nunca
possam fazer parte do Sistema, pelo menos não terão contribuído para a
destruição do planeta como nos estamos fazendo.
No caso deles a ignorância é benéfica,
e nosso caso a nossa ignorância de certas nuances da vida é o desperdício de
recursos, tempo e dinheiro e além disso o pior de todos os desperdícios, o da
vida.
Então ainda falta o verdadeiro
desenvolvimento, que é aquele que o cidadão depois de chupar uma balinha não
jogar o papel da embalagem na rua. O verdadeiro desenvolvimento é aquele em que
as pessoas não resolvem seus conflitos na bala; O verdadeiro desenvolvimento é
aquele em que as pessoas se respeitam no trânsito.
Sim quando tivermos esse “verdadeiro
desenvolvimento” ai sim seremos um povo evoluído.
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